segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Meu anjo meu

Caso, por algum desses dias, um anjo diferente esbarrar em você, deixe. Só estará na missão de conhecer o seu amor e trazê-lo até o meu.

Afinal, cada anjo é cupido de alguém. Se ele lançar um dardo mirando em mim, certamente acertará em ti também.

Assim, dançarei no seu infinito. Mesmo que ele tenha fim algum dia, nosso anjo não irá se entristecer. Saberá que amamos e então sorrirá. Saberá que nos emocionamos e então viverá, bem mais do que dá.

Nosso anjo nos acompanhará e mesmo se resolvermos ir na contramão do amor, ele nos pegará pelos versos e nos alinhará no pequeno universo de nós, guiará à sua voz.

Doce será esse momento e quero, repito, suplico que seja doce. Mesmo que vagamente eu saiba o que me seria algo tão agradável, só respondo que preciso dessa vida adocicada, preciso ser amada.

Depois pode deduzir a nossa história. Me deseje um conto de fadas, algo com uma lição de moral romântica, algo maravilhoso e algum anjo para desenhar alguma nuvem de algodão na imensidão do céu e escrever nosso romance, algum anjo que dance conosco.

Algum anjo que nos parta em duas metades: uma que voe alto, outra que mergulhe fundo, que alcance o mundo.

Para o fim, andaremos aos trancos, procurando as provas do nosso anjo comum. Vasculharemos nosso baú de sonhos atrás do cupido que indicou o início da nossa viagem rumo ao olhar mútuo, àquele mar enluarado que engoliu nossos dramas e nos purificou dos devaneios, que abriu caminho às ondas dos seus versos sobre as estrelas do mar-céu.

E assim, enquanto houver sol, nosso anjo nos cobrirá com o manto que te condiz, e lhe direi que para sempre eu fui feliz.

Um comentário: