sábado, 17 de abril de 2010

Numa essência

Um sopro tênue e a formação da vida
Numa sombra de harmonia no jardim de vento
O que importa é a realização do que chamamos de ida
E pra você fica o encargo de regular o nosso tempo

Um sopro de suave brisa
E assim a consciência do momento fantástico
Algo inconstante, inesperado que frisa
Que o que se vive não tem nada automático

Mesmo assim nosso paraíso do genoma
Anda sendo desvirtuado, colocado em leis
E aquilo que chamamos de coração entra em coma
E aqueles que nos derrubam viram reis

Uso as decepções para seguir em frente
Uso o silêncio para neutralizar o incalável
Uso a serenidade para fingir ser gente
Uso o amor para me sentir improvável...

...num salto de melodia que compõe versos inaudíveis
...à beira de um palco, estou sempre à mercê
...encantada, esperando detalhes incríveis
...de você.